Um ataque hacker à Disney chocou o mundo ao expor mais de 1 TB de informações internas da empresa. O grupo russo de cibercriminosos, conhecido como Nullbulge, reivindicou a autoria da invasão e afirmou ter vazado credenciais, códigos de projetos e até imagens e detalhes de produções ainda não lançadas .Em uma postagem no X (antigo Twitter), o grupo revelou que o ataque ocorreu no dia 12 de julho, quando eles conseguiram acesso ao Slack da Disney por meio de um computador de um funcionário comprometido. Segundo os invasores, foram mais de 10 mil canais do Slack acessados, resultando no vazamento de um enorme volume de arquivos e conversas internas. “Quer saber o que acontece nos bastidores da Disney? Nós baixamos e empacotamos tudo!”, provocou o grupo em sua publicação, incentivando as pessoas a acessarem os dados vazados.
De acordo com o Wall Street Journal, o conteúdo exposto inclui discussões sobre desenvolvimento de software, contratações e até informações de projetos que remontam a 2019. O Eurogamer também reportou que há menções a colaborações para jogos e títulos ainda não anunciados. O grupo Nullbulge, que se posiciona como hacktivista, justificou o ataque alegando discordâncias com a forma como a Disney trata artistas e a questão dos contratos envolvendo inteligência artificial (IA). Eles afirmam que a Disney está prejudicando criadores ao explorar IA de maneira injusta. A Disney, por sua vez, declarou que está investigando o caso e tomando medidas para lidar com a situação.
A polêmica da IA:
A discussão sobre o uso de inteligência artificial no entretenimento está em alta, principalmente com o temor de que ela possa substituir profissionais da área. Esse tema foi um dos pontos centrais nas negociações que levaram ao fim da greve de roteiristas no ano passado. A IA já está presente em diversas produções, como na abertura da série “Invasão Secreta”, que utilizou imagens geradas por inteligência artificial. Contudo, o debate sobre os direitos autorais relacionados ao treinamento dessas ferramentas continua, especialmente sobre como essas tecnologias se apropriam de trabalhos artísticos sem compensação justa aos criadores.